Mais uma semana para tomar cuidado com discussões e altercações inúteis. Saber quando parar, quando silenciar, quando dar um tempo, é realmente importante, porque nada de bom tende a aparecer quando o outro, ou mesmo as circunstâncias, não são propícias. A propósito de que introduzir um tópico, ou uma possibilidade eminente de conflito, quando não há perspectiva de que ele seja positivo para o conjunto, e sim de que esbarre na incapacidade de avanço ou entendimento? Apenas para satisfazer o pequeno ego que mora dentro de você? Por teimosia? Considere que, entre mortos e feridos, pode não valer o sucesso da empreitada, que será escasso e de questionável valia.
Use o discernimento, essa faculdade espiritual com que nos brindaram os mundos superiores, e use-o a seu favor, e a favor do todo. Considere que, se a harmonia for desfeita, ou colocada em risco, você também sofrerá as consequências. Busque saber, pelos meios que entender válidos, o que existe de propício nesse momento da sua vida, na relação com quem está ao redor, com as possibilidades que se mostram em todos os campos. Não se satisfaça com respostas toscas e/ou incompletas, sejam elas suas ou de seus interlocutores – investigue, vá fundo. Tomar tempo para isso é um dos conselhos da semana. Propício é tudo o que favorável, e também tudo o que é benevolente, que deseja e busca o bem. Aqui vive o discernimento a perseguir na semana: isto que eu quero/desejo/busco/faço/penso – quer o bem?
O “bem” é algo muito abstrato e difícil de definir, quiçá impossível, deve você estar pensando. Uma categoria inexistente em termos gerais. O “bem” a que me refiro reside dentro de cada pessoa, e muito provavelmente o que é bom (o bem) e mau (o mal) para mim não será o que é bom e mau para você. O discernimento pede que um exame criterioso e do indivíduo seja estabelecido. E a isso podemos chamar de auto-conhecimento, claro.
Por outro lado, é preciso atenção às situações que nos imobilizam, e nas quais permanecemos, apenas porque não tomamos a decisão de nos movimentarmos. A essas, como às outras, é também preciso aplicar o olhar do discernimento. Nada deveria, esta semana, nos travar. Uma coisa é parar, escutar, silenciar e dar um tempo – uma trégua. Outra, bastante diferente, é estar em uma situação por pura falta de movimento (pode ser comodismo, pode ser receio, pode ser preguiça, os motivos para nada se fazer podem ser muitos). Reflita e analise qual é o seu caso, se é que ele existe. E se permita um exame fundo, porque ele é propício esta semana.
Tome cuidado com o excesso de tarefas (lembre-se de que parar, de vez em quando, é benéfico), não se deixe engolir por elas, porque a vida é bem maior do que uma lista de afazeres em cada página da agenda. Não sendo possível abandonar o conflito, divida-o em partes, observe-o racionalmente, deixe o seu emocional descansar de tempos em tempos. Tome medidas para evitar insônias, angústias e ansiedades. Nada se fez ou desfez em um dia apenas, a pressa e a antecipação podem gerar sentimentos negativos que em nada auxiliarão a semana. Se não for possível hoje, pense que amanhã será outro dia. E viva cada dia não como se fosse o último, mas como se realmente pudesse valer a pena, e à noite, antes de dormir, perceba o quanto, de fato, ele valeu a pena.