Passei um bom tempo em Minas nesta mudança de ano, revisitando espaços e práticas e pessoas que não via há tempos. Em Figueira, onde as coisas mudam conforme a necessidade se apresenta, coisa muito saudável e rara, reconheci um pedaço de passado que reincorporei à minha vida. Em meio às mudanças e às novas determinações nesse lugar inusitado, algumas coisas mantêm-se como eram há 20 anos, e deram-me uma sensação reconfortante de “nem tudo mudou na vida”.
Atenta, vou pensando que há uma medida, nessa ação toda – não quero limpar a ponto de perder de dentro das coisas aquilo que são por causa do que passou por elas. Há os cheiros que é preciso preservar – que cheire a limpo, mas que não desapareça o cheiro adquirido com a vida. Há as pequenas manchas que se limpam, mas não de todo – como as rugas, são marcas do que viveu. Passo de um cômodo ao outro, e sou comedida em algumas ações, porque quero, muito, preservar a história.
Respostas de 9
lembranças…
humm..
quando as pessoas compram um caro novo, estudos mostram que a felicidade dura ate cerca de um ano, tempo que leva para as pessoas se darem conta de que o novo e na verdade muito parecido com o antigo, ou talvez devesse dizer ate a ficha cair…
suspeito que o mesmo possa acontecer com palavras novas, para um efeito mais duradouro talvez seja mais eficiente aprendermos a apreciar a felicidade de ver as coisas limpas e arrumadas 😉
Quero ver destas em breve vc sabe onde né??!?!?!?!?!
Me preparo para aquietar o corpo, depois de harmonizar várias partes da casa e da alma.
ABL
hehe… sei sim!
enigmático, esse "humm.."…
Aquietamento – bom tbem!
Porém, palavras novas podem realmente oferecer novas perspetivas, sobretudo se pensarmos que as mesmas são fonte criadora do mundo visível. O que acha?