A aproximação ao fim do ano é um momento auspicioso para perceber o impacto que nossos pensamentos, conceitos, desejos e sonhos moldam a nossa vida. Os eventos externos, muitas vezes de maneiras drásticas e terríveis, podem literalmente nos abalroar, quase nos destruindo. Porém, não nos enganemos – o destino pessoal está ligado fortemente àquilo que pensamos, desejamos e sonhamos. Muito, muito, especialmente àquilo que pensamos.
O 2 de Paus, arcano desta semana, nos inspira a percebermos padrões de pensamento e como eles moldam o que vivemos. Pensamentos repetitivos, maneiras sempre iguais de olhar para o que está ao nosso redor, formas de agir que mantemos e sustentamos – esses são os lugares onde o nosso futuro se nutre. Que futuro você convida para a sua vida? Quais são os culpados que você escolhe, escondendo o que é seu?
O 2 de Paus é claro e de poucas palavras: descarte o pensamento que não presta, que não lhe serve, que não cria diante de si o futuro que você quer. E perceba que o presente que você tem é o futuro que você desenhou, com seus pensamentos, no passado. Não busque culpados, porque eles não existem. O destino pessoal está sob nosso comando, e é possível, sempre, escolher de que maneiras se lida com o que se tem de lidar. Esta é a separação que se faz entre viver bem e viver mal, entre morrer bem e morrer mal. Se é preciso inspiração, é só olhar ao redor – o mundo está cheio de criaturas inspiradoras, que em meio ao maior caos, incerteza e confusão escolhem e decidem ser um farol na noite escura. Tão certo quanto haver ao nosso redor quem escolhe a sombra, a violência e a maldade. Quem são os seus exemplos? Por quem você se deixa permear?
É da qualidade do seu pensamento que depende a sua semana. Nelson Mandela, em seu longo cativeiro de mais de duas décadas, guardava em seu coração um poema que fortaleceu a sua vontade, dia após dia. Mesmo em face do maior desespero, diz esse poema, somos mestres do nosso destino e capitães das nossas almas, e esse é o lugar da nossa invencibilidade. Que nada nem ninguém queira convencer-nos do contrário.