É preciso, esta semana, não só estar disposto à percepção do novo, quanto ter ferramentas para interpretar corretamente as novidades que apareçam, especialmente aquelas que se estabeleçam no pensar.
Tudo o que é veloz é provável, o que é bom, desde que estejamos em paz e conectados com a nossa missão na Terra. Não importa se ainda não se sabe bem qual seja. Esta semana tem mais a ver com o futuro, e é para ele que nosso olhar deve se voltar.
É preciso ter calma – e continência. Passar a noite em claro fará com que duas pessoas possam ter grandes ideias, visões e pensamentos fantásticos, soluções magníficas para os males que assolam a humanidade, mas, ao alvorecer, estarão esgotadas, perguntando-se como dar conta das realidades pequenas do dia que começa.
Os grandes místicos, após suas poderosas visões de Deus, caíam prostrados e vazios, atormentados pela ausência desse mesmo Divino que tão fugaz e arrebatadoramente se manifestava. O 8 de Paus fala-nos da bemaventurança interna como lugar possível, mas é preciso autocontrole para isso, sem cair em prostração.
Talvez essa seja a mensagem dessa Lua Nova de Aquário que acompanha o início da semana. Deixar para trás as velhas formas e fórmulas, os antigos desejos e prisões. Liberar-se das maneiras exaustivas de lidar com a vida ao redor, e encontrar aquelas que falem à vida interior e a nutram.
O 8 de Paus oferece energia turbinada e acesa, na velocidade da luz. Para não nos cegarmos com tanto, alguns cuidados podem ser tábuas de salvação: afaste conclusões apressadas de quaisquer situações, falas, notícias, sensações; mesmo que difícil, cultive o silêncio; mantenha-se ativo e consciente das necessidades básicas do seu corpo (ou seja, alimente-se, durma, respire, caminhe); e, por fim, mantenha a lucidez e afaste a ingenuidade: lamento, mas nada nem ninguém se transforma radicalmente da noite para o dia. Não exagere na sua entrega, nem na sua certeza, mantenha-se alerta.
Aprenda a amar a amplidão do espaço, a soltura das grandes áreas abertas, a escuridão profunda da noite. É de lá que chega o oxigênio da semana, e é para lá que podemos nos conduzir, em liberdade.