Numa semana regida pelo aquático Rei De Copas, alguns cuidados são necessários com relação à presença do elemento fogo. Ou seja: é preciso cuidar da relação entre estes dois elementos, porque o fogo em excesso seca toda a água, tanto quanto a água pode apagar o fogo. Há que usar de uma certa sabedoria para lidar com ambos, criando atmosferas agradáveis dentro e fora de nós.
A tendência da semana, alerta dado, são as aquáticas vivências da alma, do mundo das emoções, do coração. Uma semana de prováveis inspirações, e talvez seja necessário forçar-se a colocar os pés no chão, apenas para checar se o que se almeja, intui e deseja é real, ou um sonho tecido nas áreas nebulosas dos sonhos.
Cuidado com a inocência em excesso (acreditar em tudo o que a semana nos ofereça certamente seria um engano), e com a impressão de pureza das coisas. É possível que em nosso entusiasmo coloquemos cores a mais – e é bom reconhecer desde já que somos nós que colocamos cores a mais, e o outro não tem culpa do que fazemos com a realidade. Não há grandes profundidades, quando nos encontramos com o Rei de Copas – e isso não é nenhum problema, porque é preciso também aparência e superfície para viver. Apenas não se recomenda imaginar que a superfície corresponda à profundidade. Pode ser que sim, pode ser que não, pode ser que nem exista profundidade, e esta semana possivelmente dê mais privilégios à superfície mesmo. Encontre regozijo nela e entenda que a vida está em construção, sempre, e garantias são artigos em falta.
Perceba a beleza à sua volta, porque ela será indispensável. Preencha-se de água – este Rei flui, com seus movimentos inscritos na água, volúveis, mutáveis, deliciosamente passageiros. Isso (preste atenção!) não é absolutamente ruim. Só não é possível pedir (esperar, exigir, contar com) o que o momento, ou o outro, ou a oportunidade, não podem dar. Avance, mas sabendo que pisa em água, e não em fogo. De nada serve a pressa e o ímpeto. Nade, boie, flutue. Aproveite a leveza onde ela estiver e não lhe peça para ser eterna.
