A descida aos planos mais densos da matéria é a única maneira do espírito atuar sobre ela. Ao mesmo tempo, é a maneira que nos cabe, enquanto seres encarnados neste planeta, de entrarmos em contato profundo com esse lugar do espírito. Em outras palavras, estes são momentos em que sentimos com certeza sermos mais do que o corpo físico que habitamos. Todos, sem exceção e sem necessidade de dar nomes a isso, já tivemos essa sensação ao menos uma vez na vida. A sensação do 5 de Ouros.
Pois então. A semana pode ser recheada dessas sensações. Tanto podem parecer prisões como possíveis libertações. A chave está em abrirmos o nosso centro (o portal chamado de chakra cardíaco) e nos dedicarmos à sua expansão.
Na literatura esotérica várias vezes se lê que este é o chakra que podemos expandir e fazer vibrar sem perigos. Nada de mal é gerado na ativação das forças do coração. Nos demais chakras, diz-se que é preciso supervisão, caminho claro. No coração, não. O centro verdadeiro da nossa vida (que nada tem a ver com fama, fortuna e glória, claro está) só precisa da nossa dedicação.
Esta é a semana da Cruz – e o centro da nossa cruz, se observarmos os dois planos em nós (a linha da cabeça aos pés e a linha de um braço aberto ao outro) é o Coração. Para lidar com todas as polaridades imagináveis e possíveis, o coração é sempre o caminho, e o verdadeiro acordar está ligado e percebermos que somos o nosso próprio salvador.
Ajuda imensamente termos domínio sobre os nossos pensamentos, esses cavalos tantas vezes selvagens a galope desenfreado dentro da tempestade. Há que domá-los, aos pensamentos. Dar-lhes rédea, uma arte. Não há que esganá-los (voltar-se-ão contra nós) nem deixá-los muito à solta (teremos trabalho em trazê-los de volta). O fundamental é mantermos a conexão entre eles, as nossas mãos e o nosso coração. Chama-se coerência a isso. Sentir, pensar e agir em consonância com os nossos mais nobres e altivos propósitos.
Resista a perder-se nos possíveis desesperos da semana. Não embarque na camada externa dos problemas. Traga-os para o centro. Equilibre-se. Expanda-se. E viva.