Há algo de enigmático no sorriso da Imperatriz, o arcano que acompanha esta semana. Talvez seja a sua compreensão profunda do Amor, em todas as suas infinitas possibilidades, ou talvez a sua fertilidade imensa, a sua capacidade criadora. A Grande Mãe que a Imperatriz representa, o arquétipo do Feminino por excelência, abre-nos as portas da sua casa, de par em par. Cabe-nos entrar. E há conselhos para o como entrar, é claro.
Agir sem freio, ultrapassar limites aos quais nem se prestou atenção, tornar-se refém dos caprichos do seu próprio humor – nada disso combina com as portas abertas da Imperatriz. Elas nos pedem uma certa solenidade, um certo cuidado, consigo mesmo e com os outros. Tenha cuidado, uma Imperatriz irritada pode tornar-se um perigo.
A Imperatriz traz consigo novidades – é bastante provável que surjam, por entre os dias da semana. E nos oferece recursos para podermos estar de coração aberto para elas. Novas pessoas, novas situações, novas aberturas, possibilidades de fecundação de projetos e ideias. Para lidar com tudo isso, é preciso calma, calma e tranquilidade.
O que é propício então? Manter-se de olhos, ouvidos e coração abertos, para que nenhuma oportunidade passe desapercebida, por menor que seja – respeitando que pressa, desrespeito e melindres não são bem vindos. Pode ser que seja necessário, para assumir o novo, desprender-se de algo do passado – não perca tempo, desprenda-se, despeça-se, permita que o que tem que terminar chegue ao fim. Provavelmente incomode, talvez alguma dúvida possa assaltar a sua até então firme determinação. A semana pede um bom grau de atenção e a capacidade de se mover sem se distrair.
A Imperatriz é um ser pródigo e amoroso. Isis e Vênus brilham por detrás dela, a fertilidade e as forças do Amor são a sua própria essência, e dela faz parte também, por isso mesmo, o morrer, o terminar, o secar. Pode ser útil lembrar-se de que vida e morte são faces de um mesmo eterno ciclo, e que para que algo nasça e cresça é preciso que algo definhe e morra. Permita a morte, e terá a vida renascida.
Por último, pode ser necessário “forçar” a entrada da Imperatriz em nossa vida. O que quero eu dizer com isso? Que ela gosta de ser desejada, querida, procurada. Pode ser que o Amor esteja querendo que você o veja, o corteje, o torne visível em sua vida, e aí é preciso que você faça movimentos em sua direção. Ou seja, abrir os olhos para o Amor que é, que vive, que palpita na sua vida, seja nas grandes coisas ou nos minúsculos detalhes. O olhar positivo sobre a vida, o encontro de todas as possibilidades de alegria é o caminho que a Imperatriz trilha, com todo o Amor que carrega em seu ventre sagrado. Alongue-se, respire com toda a possibilidade de seus pulmões, dê graças pela vida e confie. O olhar amoroso lhe dirá o que fazer.
Respostas de 3
Deixar a morte vir para entrar a nova vida!
Desta forma podemos deixar de ter medo da morte
Te amo, ó rainha!
Já estava sentindo falta da sua carta semanal… 🙂 Valeu esperar pela mensagem do Amor, da Emperatriz!
Sempre sábias palavras… Obrigada!