A Roda da Fortuna é um vasto mundo. A personificação de que movimento e mudança são a única parte estável de toda a Criação. Não existe nada que não esteja em movimento, e muitos movimentos não estão na esfera da nossa escolha, ação ou decisão pessoais.
O que por um lado é um alívio, por outro (frequente e bem iluminado) é uma agonia. Como assim eu não posso decidir o meu destino? Como assim eu não posso tomar as decisões que eu quero e fazer as escolhas que me apetecem?
Pois com a Roda da Fortuna aprende-se que há uma imensidão de fatores sobre os quais não temos a menor chance de influência. E novamente isso pode ser um alívio ou um tormento. E, aí sim, podemos escolher entender como alívio ou como tormento. Como aceitar e viver a vida que nos pertence é o que realmente vive dentro do nosso campo de escolha.
Tão vasta é esta Roda que se chama Sorte: tanto boa quanto má sorte, tanto boa a caminho de má, quanto má a caminho de boa. Tanto pode indicar fim de ciclo quando início de outro. O que ela denota, e isso certamente podemos esperar esta semana, é mudança, muita mudança e movimento.
Essas mudanças provavelmente estejam conectadas com o destino pessoal e, mais do que isso, podendo ser entendidas como tal. Ou seja, é possível reconhecer esta semana, naquelas coisas que “do nada” nos aconteçam, a mão clara do destino em ação, nos indicando caminhos possíveis e prováveis à nossa frente.
Há que estar atento ao inesperado, e não lutar contra o que não é possível sequer lutar. Aceitar, aceitar e aceitar é a palavra de ordem da semana. Isso é o oposto de se resignar. Aceitar significa se movimentar a favor das coisas, se resignar significa abdicar de fazer parte.
Permita que o que deve ser liberado o seja. Não oponha resistência, esteja acordado para que a vida fale e você escute. De um pôr do sol ao dono da padaria, tudo poderá lhe trazer informações. Você não saberá de onde virão, e somente saberá se estiver atento e não reagir. Muito será liberado se for permitido, e muitas soluções aparecerão de lugares inusitados. Coisas começam, coisas terminam. E nós vivemos entre e com elas.